dezembro 15, 2007

ao som da regina spektor

sonolenta com sol a pino,
acordava, fora da minha hora,
saia correndo,
vontade de chegar na hora,
combinada,
pra te ver mais,
que almoçar,
descia as escadas,
subia no gramado,
de longe te avistava,
sentada calma e àcida,
toda bela e clara,
com aquele vestido,
que tanto me fisgava,
e te deixava incrível,
oi, sorriso, abraço, cheiro,
que bom que me esperava,
e meus atrasos,
e me perguntava,
se tinha dormido bem,
subia no seu carro, conforto,
eu sentia,
porque ali você podia,
colocar a mão,
na minha perna,
de óculos charmosos,
e costas de mulher,
enquanto eu, podia,
na sua nuca,
entre o pescoço,
e a respiraçao,
te dar beijos,
sussurrados,
pra que você só,
ouvisse,
e mais ninguém,
sentisse seu arrepio,
derrubando minhas incertezas,
molhando meus dias,
porque ali,
no seu carro,
você me perguntava,
aonde íamos,
e me levava,
aonde queríamos,
ali no seu carro,
a gente sempre,
chegava,
em lugares com doces,
e alívios, ali, fora do sério.

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