Nervoso
Ouro no bolso
Sem esforço
Era o lema
De cada rosto
Que o gigante tsunami
Comera sem gosto
E naquele exato
E rápido
Momento
O que se vira
Se diga
De passagem
Poucos saberiam
Pois não são
Coisas que assim
Sem motivo
Se encontram
De repente
Nem sequer
Cercado
O coitado estava
Se redimira
Do que antes
Rira
Agora sem dente
Carente como solvente
De retaguarda
Soluço retirado
Do marca-passo
Em contagem regressiva
Todos suados
Sem sapatos
Olhares alagados
O trabalho foi desprezado
Enquanto o sofrimento
Tempo não deu
Depois deposto
E deixado de lado
Coisa de mercado
Foi o que não sobrou
Apenas derrota sem nome
De um gigante infante
Mal tratado como poucos
Por tanto tempo
É bom que
Se diga
De passagem
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