junho 24, 2009

o que se vira

Nervoso

Ouro no bolso

Sem esforço

Era o lema

De cada rosto

Que o gigante tsunami

Comera sem gosto


E naquele exato

E rápido

Momento

O que se vira

Se diga

De passagem

Poucos saberiam

Pois não são

Coisas que assim

Sem motivo

Se encontram

De repente

Nem sequer

Cercado

O coitado estava


Se redimira

Do que antes

Rira

Agora sem dente

Carente como solvente

De retaguarda

Soluço retirado

Do marca-passo

Em contagem regressiva

Todos suados

Sem sapatos

Olhares alagados

O trabalho foi desprezado

Enquanto o sofrimento

Tempo não deu

Depois deposto

E deixado de lado

Coisa de mercado

Foi o que não sobrou

Apenas derrota sem nome

De um gigante infante

Mal tratado como poucos

Por tanto tempo

É bom que

Se diga

De passagem


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