junho 17, 2009

Cloro

Usada a pastilha
De cloro vencida, pôs fim
À balbúrdia infinita
Antes que fosse vista
Com o sinuoso golpista
Que sempre dizia:
A mesma frase todo dia:
A vida é repetida,
Viver é repetir

Errado de todo não estava,
Mas levar tal coisa a ferro e fogo
Não prestava para nada
Do que se esperava
Porque, se relaxada,
Sentaria na cadeira, mesmo quebrada,
E, não calma, porém deitada,
Poderia ouvir o que depois viria,
Supondo estar preparada
Não sendo mera repetição enganada
Pois saberia ao menos
Para ser mais
E raciocinar
Servindo

/ SE MANCA
refrao < LEVANTA
\ E SE MANDA

Estas coisas perdidas dos meus antigos quintais

Tanto faz
Enqto tanto fez

Os outros, nos cargos de não bandidos,
À primeira vista pareciam e não esqueciam
O quanto a vida era um desarrumar
Constante
de gavetas a cabeças
e por isso se diziam
que as retomadas eram necessárias
nunca dizendo não
ao que por sinal
sempre fora normal
mesmo quando não se quisesse
fazendo festas
ou olhando as frestas
das almas nas janelas
todas iguais no final

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