dezembro 06, 2009
Atonal
mas me canta
em lá amor
sem contratempo
pois sou fragmento
atonal
solto no mar
de traços e cores
Girassol

no meio do campo de girassol,
o corpo se contorna,
o olhar se inverte,
a lágrima escorre e nao chora, chove.
o que se perde nao importa.
tudo em volta representa o mundo
e tudo nao tem porquê
o que for pra esquecer vai evaporar e morrer,
'cause we all have shown up without dippers,
como todos buscam o sol, a vida busca o novo
e mais uma vez, era preciso (re)nascer.
.
dezembro 04, 2009
SOM CONFESSO
som confesso de um tom submerso
coisas eletrônicas, verso e saudades à-tona
procura e um dia
vem a topar
com o acaso sem sofá
no lugar do sonhar
sons sem hora
e sem demora
because I care too much
is high
Sometimes
I cry
But
no matter
Why
I'm always
Back
to the infinity
of life
Don't Forget
TONIGHT
WATER ME
ON THE FLOW
WHERE I CAN SAY IF
IF YOU'RE RIGHT
THERE'S NO PROBLEM
AND NO SPY
ALL WE WANT
IS SO HERE
TO BE HERE
NOW AND THEN
WE MUST SEE
CAUSE IF WE DON'T
THEN WE'LL MISS A LOT
EVERYTHING IS SO GREAT
LET'S JUST NOT FORGET
TO SMILE ALL THE TIME
CAN REMIND US
WHAT WE'RE DOING HERE
Sem Sofrer
O moinho do medo
nao adianta se esconder
o mundo é um moinho
o vento sopra e nos consola
o medo nao é caminho
já sei o que eu vou querer
se alguém quiser que fuja
pode até querer fingir
mas o importante é viver
o silêncio é levado -
lá praquela estrada
abandonada no meio das vacas
- a imaginar o que fazer:
nada que passe no crivo do dever
vai um dia celebrar
o resto todo é perecer no efêmero
Ode Contra o Desgosto
soluço no pescoço
com o coração no bolso
ah... que sufoco!
eu sou muito mais o outro,
do que o desgosto,
retrato desenhado no meu rosto
sei muito,
faço pouco
essa vida nao acha
graça...
mas eu nao ouço
tenho osso duro
como quem sabe sofrer e nao dizer
mas o que eu quero
mesmo é fazer
o que eu sei
semi blues
mesmo quando nao sei nada
eu espero e ela fala:
é assim, diz pra mim
sou feliz, estou aqui...
...
e tudo isso ali sentada,
parece até que acomodada,
mas,
o que ela quer
é saber sentir-e-amar
é... como em casa...
...
seu sorriso, me faz crer
que isso tudo vai nascer
e o viver, vai valer
cada segundo com você,
nada mais eu vou querer
só um pouquinho de namastê...
venha ver, eu to sentindo
tudo isso é tao bonito
Nao me deixe aqui
nao me deixe aqui...
nao... veja bem...
assim vendendo a alma,
todos vao levando a tarde
mesmo quando a vida fala
o diabo é o que arde
pois... veja bem!
todos vao levando a vida
aguentando mesmo se nao cabe...
e o que eu quero nao é longe,
mas talvez nao ache...
entao... veja bem... ~
nao me deixe aqui... ~ REF
desse lado tudo é caro
e o vício é um alarme
lembra bem daquela tarde?!
o amor ainda me invade...
entao... veja bem... ~
nao me deixe aqui... ~ REF
... som do blues...
. ... bem aqui...
vem aqui.... vem pra mim... nosso jeito... nosso mundo...
sem sufoco, só arroto... ao som do blues
entao... veja bem...
venha aqui...
eu te chamo... eu te amo...
nao lamento, só proclamo...
. . .
.
dezembro 02, 2009
Water Me
ensaio sob o sono
enquanto se adormece
em tudo mexe
até o que esquece
aconchego suspenso
sinal de desespero
e com o sono surpreso
o espelho se ofende
do alto pendente
Trivial
molhada na enxurrada.
E o corpo, esfola.
Ninguém mais aguenta
o tanto que se amola.
o tanto que se procura
... na outra
!MAGIA!
quando a olha
deslize contumaz
assim como viu
coisas que por aqui
nunca andaram dantes
...
e assim se faz a vida
. e assim se faz amar.
quando se tem a si a dar-se
fora do altar, no tempo do ar
...
novembro 08, 2009
setembro 04, 2009
INFINITIVE
papel amassado
rock
bolhas
welcome to the caos
belo ocaso
the one that surronds us
even when you believe
it doesn't
caos is possibility
namaste
junho 24, 2009
o que se vira
Nervoso
Ouro no bolso
Sem esforço
Era o lema
De cada rosto
Que o gigante tsunami
Comera sem gosto
E naquele exato
E rápido
Momento
O que se vira
Se diga
De passagem
Poucos saberiam
Pois não são
Coisas que assim
Sem motivo
Se encontram
De repente
Nem sequer
Cercado
O coitado estava
Se redimira
Do que antes
Rira
Agora sem dente
Carente como solvente
De retaguarda
Soluço retirado
Do marca-passo
Em contagem regressiva
Todos suados
Sem sapatos
Olhares alagados
O trabalho foi desprezado
Enquanto o sofrimento
Tempo não deu
Depois deposto
E deixado de lado
Coisa de mercado
Foi o que não sobrou
Apenas derrota sem nome
De um gigante infante
Mal tratado como poucos
Por tanto tempo
É bom que
Se diga
De passagem
O caos tête-à-tête
27.12.2008
Toda de papai Noel
Vestida
Para o gosto
Dos mais caretas
Toda linda
No Natal
Sem sal
Pão e vinho
Sobre a mesa
Recostada na toalha
Ouve o sermão
Da avó
Que em nenhum ouvido
Faz sentido
Risadas sem graça
A calçada sobra
Lá fora
o sono esgota
nos copos com álcool
de cada presente
surpresa?
Cadê a sobremesa?
A essa altura
O estômago empanturrado
Arrota
Se volta
A revolta
Revira-e-volta
Dá meia volta
Pede escolta
Olha o peru assado
Nada
Sozinho se molda
Nem suporta
Tiro nas costas
De senhoras
Mal cheirosas
Nervosas e preconceituosas
Soldados expostos
Rostos cortados
No relógio
Não há volta
Gigante senhora
De retórica assombrosa
Sem resposta
Enmuda
Mas não esquece
A tragicomédia
Da selva
Novelas de espanto
Inibem prantos
Em festa trabalho e pão
Em sentinelas da reserva
Infestam todas as festas
Como se pregassem peças
E o que resta
Se piora esbarra
Nos últimos minutos
Para a salvadora
Comemorações de fim
De ano
Em ano
A cada
Uma
Que cala
A boca e mente
Invente um foguete
Feito de sorvete
Com destino à marte
Em expedição
Sem deserção
Nem obrigação
De comoção
Ou colchão
Dessa gig sem razão
Su casa pero no mucho
Su casa pero no mucho
Surrealista
Não ameniza,
Ataca a política
De sonho, retorcida,
Nos últimos suspiros
De quem nada acredita
Pois a vida eterniza,
Ensandecida,
Os erros
Grandes feitos,
E mantém, esquecida,
Os que queriam dela
Apenas acolhida
Por ódios não curados.
Carapaça
significado
Sem mais, passo.
O significado é um achado que está ao lado de cada um que se coloca, sentado, ou mesmo deitado, (porque não), disposto a ler e a entender.
Dito isto, que fique explícito o comunicado.
Sussurro
(inspirado em Saramago, Objecto Quase)
Vai, mesmo exaurida, em ação, digamos, que altruísta, não propriamente de despedida de algum tipo de tentativa purista, não, mais para turista, com um quê de anarquista. Pois bem, chega na sala de espera e, sendo solícita, faz o pedido para a analista. Esta, após longa lista, dá a notícia já anteriormente prevista: não seria atendida, pois, por ânsia e ignorância, passiva, não aterroriza. Avisa, como quem aterriza, que, tempos atrás, porém ainda nessa vida, havia ingerido remédio hoje proibido. Infelicidade que se dá por conta da nossa medicina, que a mídia contagia, com esperanças em embalagens longa-vida.
Não mais sofrida, busca, assumida, tomada pela adrenalina que vinga na subida: vai praquela mesma mídia que a todos resfria quando anuncia a aspirina.
Dessa vez não seria passiva, seria diferente, iria em frente com o que acredita que sente.
Simplesmente diria e, se preciso fosse, gritaria. Ainda por cima, silenciaria o que a todos entedia e azucrina. O que se ouviria se repetiria, até que um belo dia, não restaria dúvida alguma, e tudo estaria provado e comprovado, enquanto o que restasse, reprovado seria, por alarme falso.
junho 17, 2009
Camomila
camomila respira
na água da piscina
sob(re) a luz fina
no chao
do sol
que sim, oscila
feito poesia divina
em véu de gotas
banhada em gotas
mergulhada
derrama os pós
sente o espinho
da vida evaporar
e ir ao mar
feito água de chuva
leve
(que) com barulhinhos
Cai / sai
sobre os ombros espalha
(sob) na sombra
de (em) ondas de muitos
múltiplas linhas
se expande e se esvai
desfaz
(e) que após
diz:
lhe apraz tal lilás
mordaz
where they go
is where we’ll be
so abra os braços
tudo sana
(sempre que) a chuva
descansa
cedo se tocam
são os desejos
vindos da mudez
dos esperados
(sem que) mas nem por isso
aceitos
desenlaces
da senilidade
..........................
condenso
o imenso olhar
carnal sem ser banal
uns esperam
outros festejam
em fervores
por temores
e dissabores
por favores
em casa ou distante
sempre diante
das notas dos flautistas
solistas de vidas
danças alegre(s)
semeia
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Cloro
De cloro vencida, pôs fim
À balbúrdia infinita
Antes que fosse vista
Com o sinuoso golpista
Que sempre dizia:
A mesma frase todo dia:
A vida é repetida,
Viver é repetir
Errado de todo não estava,
Mas levar tal coisa a ferro e fogo
Não prestava para nada
Do que se esperava
Porque, se relaxada,
Sentaria na cadeira, mesmo quebrada,
E, não calma, porém deitada,
Poderia ouvir o que depois viria,
Supondo estar preparada
Não sendo mera repetição enganada
Pois saberia ao menos
Para ser mais
E raciocinar
Servindo
/ SE MANCA
refrao < LEVANTA
\ E SE MANDA
Estas coisas perdidas dos meus antigos quintais
Tanto faz
Enqto tanto fez
Os outros, nos cargos de não bandidos,
À primeira vista pareciam e não esqueciam
O quanto a vida era um desarrumar
Constante
de gavetas a cabeças
e por isso se diziam
que as retomadas eram necessárias
nunca dizendo não
ao que por sinal
sempre fora normal
mesmo quando não se quisesse
fazendo festas
ou olhando as frestas
das almas nas janelas
todas iguais no final
Cinema mudo
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No fingir dos ovos. Cabeludos. Não sabia mais ler as horas. Não as sabia. Não em lápis e papéis “táteis” (palpáveis). Em cada segundo piscava um pixel. Um quadrado eletrônico no pulsar dos ovos e seu frigir. O frágil passar de antes agora objeto.
insana insônia
ode às bacantes!
a gente pode fazer a festa que uiser... e claro, com seu uísque,
e com reservas especiais rs
pode ser a trash 80's do seu avô , da minha avó, da nossa infância, das nossas barrocas, sei lá...
minha cama, minha cama. Minha cama!
te quiero chica!
fui tentar fechar a pálpebra
bju...
--
masturbaçao serve como hipnóticos!
rs
e se quiser preferir, tenho receita de sertralina e bupropiona
-
hehe, adorei, me sinto lisonjeada
com a cara espelhada
cheia de gozo de amizade,
tocada
...
esquina da espinha dorsal
destrinchando os gestos, abismal,
em busca do que nao faça mal
?!
e o que a senhora faz acordada?!
psicologia na esquina?!
jogada na estrada
toda enlameada
sem fumo na palha
fui deitar, mas dado o calor e o fluxo de sangue
em tudo,
peguei um livro do lado da cama
uq eme fez em letras
:P contudo
to aluci.nada
kkk, vestes oxige.nadas
INQUIETAÇOES, SAFANOES, SENOES, CONTORÇOES, INSATISFAÇOES, SERMOES, FEIJOES
.....................................
"Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra também vindo-lhe correndo, em pós. Depõe o pote na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo." (GUIMARÃES)
.
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junho 16, 2009
Colo
esmola e espada
Esmola e Espada Servem de escada?
Detêm a cambada?
Ensaiam a emboscada?
Sonham com a virada?
Enganam a embaixada?
Aterrorizam a fachada?
Superam essa parada?
Explodem a barricada?
Garantem a alma lavada?
Resolvem a grana poupada?
Embalam mentes ceifadas?
Confundem a moçada?
Ficam ali deitadas?
Escondem a mão cortada?
Mantêm coisas sagradas?
Se lambuzam toda sangradas?
Supõem e não fazem nada?
Detonam a cachorrada?
Apavoram as coitadas?
Celebram dores encantadas?
Se banham em calma?
Sugerem...
Engolem tudo e não sobra nada?
Sopram a resposta honrada?
.
volando voy
EVER

EVER
Gesto de gesso. Sento no sofá mas não adormeço. Sonho com gelo seco no cinema solene do espelho.
Soa no roxo encosto do banco, o rosto solitário de um soldado leviano e desnudado. Observa o rapaz em seu gozo fugaz. Diz-lhe com voz efêmera o que não o condena. Deixe-o com a dor suprema. Suplica-lhe o sono crônico sem sufoco. Que sorrisos descortinados o seguirão no espírito soluçante.
Em tempo, acorda de olhos abertos na baba rançosa de outrora. Porém seu semblante não está mais escaldante. Não está extravagante. E sim solto, exposto e corajoso.
Com a mão no bolso remexe no soro onde o ciúmes deixou o sufoco e evaporou. Leva agora então as mãos ao pescoço e enfim sonha sem esforço.